terça-feira, 30 de novembro de 2010

5- Editorial sobre: Mídia e a Reificação da Mulher



             Beleza artificial

      
As mulheres na pós-modernidade tem privilégios e direitos que as de anos atrás não tinham. Começaram a ter um espaço na década de 70 quando se tornaram visíveis na sociedade. Hoje a mulher tem um espaço reservado nas profissões, cargos importantes e até na presidência. Infelizmente, no decorrer dos anos, a mulher se tornou um objeto, produto de consumo, algo que ela não é. As propagandas na TV, revistas e outdoors usam o corpo da mulher como objeto de trabalho e modelo para vender um produto. Usam até como um apelo sexual de forma depravada, tirando sua essência feminina.

O corpo feminino é tratado como um produto de consumo. A mídia cria a imagem de uma mulher ideal com um corpo perfeito, mas modificado e representando muitas vezes num corpo sensual e preconceituoso. Pela publicidade ditar um modelo de mulher gera uma baixa auto-estima na mulher real, em nosso caso, a mulher brasileira. As revistas mostram um padrão de mulher, magra, alta, loira e dos olhos claros ou uma alta, cor bronzeada e também magra com curvas.

É um tema a ser estudado de suma relevância para uma sociedade que a ideia de beleza e boa imagem é a que vende.  A conduta de algumas propagandas tem usado a imagem da mulher como um objeto de consumo. Podemos ver o exemplo da campanha da cerveja Sol, em fevereiro de 2007, na revista Veja. A campanha da cerveja Sol faz comparação entre três tipos físicos de mulher, “a forte”, “a fraca” e a “no ponto”. Sendo a “no ponto” a melhor imagem de mulher, para eles, a cerveja. Outra campanha de propaganda é a empresa de metais para sanitários, louças e matérias para acabamento na Construção Civil. As propagandas trazem mulheres nuas em formato de peças para banheiro, desvalorizando a mulher e usando-a como um objeto de venda.

É evidente que medidas de combates à desvalorização da mulher devem ser feitas. A mulher pode ter um espaço na publicidade não como um objeto de consumo, mas como uma ajuda para vender o produto que está sendo oferecido. Não precisa mostrar a mulher para vender a cerveja, lingeries e perfume, basta mostrar a qualidade deles ou se precisar de uma mulher na propaganda, basta colocá-la como ela é, de modo decente e sensível.

O grande desafio que as mulheres tem é de tirar o estereótipo de que a mulher magra, alta e de corpo bronzeado é a mais bonita. A mídia não deve impor este aspecto da mulher e generalizar, ditar um padrão.  E ainda é usada como um objeto de venda de produtos. 

           


Nenhum comentário:

Postar um comentário